Este fim-de-semana assisti o filme Alice de Tim Burton. Lógico que assim como a maioria das pessoas que foram até agora aos montes fiquei encantada com o filme, principalmente com as imagens 3D e confesso que dei um vexame estendendo os braços para passar a mão no “gato que ri” , desviei com o corpo dos objetos atirados e soltei gritinhos. Um completo vexame.
Mas, só vim aqui falar sobre “Alice” , porque realmente preciso repensar meus conceitos sobre “NO MEU TEMPO…” assim como disse no post anterior. Senti-me velha assistindo Alice, porque o filme E todas as imagens E todos os recursos maravilhosos E todos os efeitos que mexeram de uma maneira diferente com meus sentimentos E todos suas mensagens de você é dona da sua vida, me cansaram tanto, tanto, tanto… que no meio do filme me sentia como uma velha de 100 anos precisando urgente ir para sua casa. Era tanta coisa junta, tanta informação ao mesmo tempo que não conseguia deixar simplesmente fluir e me entregar aos pequenos enigmas da história. E para finalizar no fim do filme me senti satisfeita de não ter conseguido ir na sessão legendada, porque se tivesse……. poderia sair dali diretinho para uma clínica de repouso.
Alice me cansou, evidenciou que estou no tempo do “ no meu tempo……. o sorvete era mais doce, o amor mais encantador, a o destino mais simples…” e principalmente, que consegui conquistar uma paz interior que talvez (ainda preciso descobrir) não esteja relacionada a minha idade cronológica, mas, sim a minha evolução espiritual, que tanto e tanto venho tentado buscar.
Cortem a cabeça (dela), porque ela não quer voltar do submundo, não quer assumir a empresa do pai, não quer viajar pelo mundo, não quer dizer o que todos merecem ouvir e quer deixar que o destino conspire e a leve sem que ela precise decidir em ser heroína ou vilã. E ainda por cima esta MENINA BURRA só quer que um simples filmizinho legendado com longos e silenciosos diálogos e ler urgentemente um poema de Cora Coralina. Cortem a cabeça
( eu ja escrevi sobre alice: http://hodgkineuconheoestecara.blogspot.com/2009/03/alice-e-o-fim-do-seu-pais-das.html)
Nenhum comentário:
Postar um comentário