Existe um mundo que não cabe em mim, e este mundo pulsante e querendo asas , vai estar em Renatiando!

terça-feira, 13 de julho de 2010

O futuro do amor...

Gui é este menininho lindo da foto. O Gui tem 6 anos e já esta na primeira série, diz ele que gosta de estudar, mas, o ruim mesmo é levantar cedo. O Gui é assim, sabe da responsabilidade e a aceita, mas, gosta e aproveita os prazeres da vida e desde muito pequeno quando alguém participava dos prazeres e ele não, disparava: “E o Gui???”. É, Gui é assim, cobra sua parcela de felicidade. O Gui viaja em brincadeiras e histórias de aventura. Adora aviões, conhece de longe um tucano da FAB e adora entrar em um avião porque sabe o que isto significa: passeio, oba! Gosta de dinossauros, mas, não gosta quando eles vem com cara de “simpáticos” em brinquedos e andando de um lado para outro com miniaturas nas mãos ensaia aula sobre comportamento “dinossauriano” e ainda contesta o Jurassic Park dizendo que os velociraptor eram menores que o que retrata o filme. O Gui é assim! Imita o “Barbosa” da Tv Pirata, mas, diz que é “Barbosa Peidoreiro que perdeu a dentatura”, relaciona a hipnose da velha propaganda do chocolate baton (Compre batonnnnnnnnn) com o olhar terrível da Medusa. O Gui é assim… relaciona os fatos, as pessoas, os lugares, a história, o tempo. Entende o que foram as Cruzadas, porque sabe o que foi a II Guerra Mundial, gosta dos “gran finales” e adora delatar os fracassos dos outros com um “Xi, se deu mal!”. Gui, diz que gosta de rock em roll, aquela música que diz assim “1,2,3 e tatatatatatatatata” , adorou saber que Vivaldi tocou as estações do ano e conhecer os quadros de Aldemir Martins na escola o fez querer ainda mais um gatinho como animalzinho de estimação. Gui tem medo de escuro, esconde o rosto em cenas de violência na tv e estes dias ficou impressionado com a entrevista da moça que disse que não saberia viver sem voar: “Mãe, mãe, ela disse que não viveria sem voar!”

Gui é assim, diz que gosta dos ipês, dos girassóis e das rosas e que não gosta dos carros da Mitsubishi, fica sentado perto do jardim da vó com olhos enomes parados comendo folhas de hortelã e bálsamo, diz que asa folhas são azedinhas e que mata os vermes. Gui, é assim…. Já descobriu o sexo oposto vivendo um dilema por gostar da mesma menina que o melhor amigo, não come mais que o necessário, não quer mais que um treco em uma loja de brinquedos e troca quase tudo por uma boa massagem. Gui tem olhos enormes que saem faíscas, olha o tudo, senti os cheiros, é ligado nos paladares da vida, curti a vida, aproveita cada momento, cada pessoa, cada sentimento. Gui, é assim, feliz, encantador e eu o admiro.

Gui tem algo que encanta, que inebria, ele é amor…. Ele age com amor e afetividade com todos a sua volta. É pacificador e transparente, está crescendo e não o vejo usar de estratagemas para conseguir as coisas. E ele precisa? Não, o Gui é amor, tem amor, doa amor.

Quando olho para o Gui, sinto esperança, no meio de tanta descrença nas relações humanas sejam elas familiares, homem-mulher, fraternais ou até anónimas que se dão por tantos motivos diversos, mas, tão poucas e raras pelo sentimento mais importante de união, o amor.
Sim, não é romantismo besta da minha parte dizer que o amor está entrando em extinção. Tenho absoluta certeza que será artigo raro no futuro, sendo assim, quem o tiver, quem o souber dar e receber será valorizado “no mercado”.

Tá, tá, eu sei que o futuro é algo tão incerto e é difícil prever seus rumos com os olhos viciados do presente ou presos ao inconsciente coletivo da nossa geração, sendo assim, talvez o futuro substitua o amor por outra coisa qualquer que ainda não se inventou ou esteja sendo consolidado longe ou perto dos nossos olhos críticos. TALVEZ! Mas, hoje, como fazemos sem o amor, compensaremos com o que? E no futuro será o amor vendido em potes com embalagens sofisticadas desenvolvidas por famosos designs de Milão? Como? Será possível?

Quando olho para o Gui, tenho esperança no futuro. O vejo crescendo em destaque com sua inteligência contemporânea e cognitiva, com seu sentido incrível de relacionar fatos e lugares, com sua percepção ecológica, com sua ética, mas, acima de tudo o vejo como um PACIFICADOR, como alguém que poderá no seu meio ter o bem mais poderoso nos dias de hoje e raro, no futuro, o AMOR.


Gui, a tia Rê te ama e o futuro que nos aguarde!

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