
Gui é assim, diz que gosta dos ipês, dos girassóis e das rosas e que não gosta dos carros da Mitsubishi, fica sentado perto do jardim da vó com olhos enomes parados comendo folhas de hortelã e bálsamo, diz que asa folhas são azedinhas e que mata os vermes. Gui, é assim…. Já descobriu o sexo oposto vivendo um dilema por gostar da mesma menina que o melhor amigo, não come mais que o necessário, não quer mais que um treco em uma loja de brinquedos e troca quase tudo por uma boa massagem. Gui tem olhos enormes que saem faíscas, olha o tudo, senti os cheiros, é ligado nos paladares da vida, curti a vida, aproveita cada momento, cada pessoa, cada sentimento. Gui, é assim, feliz, encantador e eu o admiro.
Gui tem algo que encanta, que inebria, ele é amor…. Ele age com amor e afetividade com todos a sua volta. É pacificador e transparente, está crescendo e não o vejo usar de estratagemas para conseguir as coisas. E ele precisa? Não, o Gui é amor, tem amor, doa amor.
Quando olho para o Gui, sinto esperança, no meio de tanta descrença nas relações humanas sejam elas familiares, homem-mulher, fraternais ou até anónimas que se dão por tantos motivos diversos, mas, tão poucas e raras pelo sentimento mais importante de união, o amor.
Sim, não é romantismo besta da minha parte dizer que o amor está entrando em extinção. Tenho absoluta certeza que será artigo raro no futuro, sendo assim, quem o tiver, quem o souber dar e receber será valorizado “no mercado”.
Tá, tá, eu sei que o futuro é algo tão incerto e é difícil prever seus rumos com os olhos viciados do presente ou presos ao inconsciente coletivo da nossa geração, sendo assim, talvez o futuro substitua o amor por outra coisa qualquer que ainda não se inventou ou esteja sendo consolidado longe ou perto dos nossos olhos críticos. TALVEZ! Mas, hoje, como fazemos sem o amor, compensaremos com o que? E no futuro será o amor vendido em potes com embalagens sofisticadas desenvolvidas por famosos designs de Milão? Como? Será possível?
Quando olho para o Gui, tenho esperança no futuro. O vejo crescendo em destaque com sua inteligência contemporânea e cognitiva, com seu sentido incrível de relacionar fatos e lugares, com sua percepção ecológica, com sua ética, mas, acima de tudo o vejo como um PACIFICADOR, como alguém que poderá no seu meio ter o bem mais poderoso nos dias de hoje e raro, no futuro, o AMOR.
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