Fui 2 vezes para o Mato Grosso do Sul. E fiquei encantada com a extensão de terras É uma vastidão que invade os olhos quando paralisamos no horizonte e vemos campos abertos, livres, fartos e imensos mundo adentro. Algo invade o peito e imediatamente se pensa em como o mundo é muito maior do que o cotidiano, do que nossos problemas e neuras, do que as coisas mesquinhas que temos no nosso convívio. Diria que é uma sensação única de AMPLITUDE, amplitude do mundo e das coisas simples da vida. Daí se entende um pouco mais a alma pantaneira, se entende Almir Sater e Manuel de Barros.
Quando fui a Campo Grande, fiquei ligada nas ruas, nos lugares, achando que na esquina daria de cara com Almir andando por lá…. Achei que em alguma esquina encontraria a poesia de Manuel de Barros, porque dos dois, sou uma admiradora indiscreta. Isto significa que além de admirar a arte e o estilo de vida, tenho vontade dar um abraço e dizer o quanto a arte deles com o espírito da AMPLITUDE deixa a minha vida mais doce, mais sonhadora…
A poesia de Manuel de Barros entra no meu cotidiano, em dias que a amplitude das ideias é inexistente, então, sem pretensão, vem os versos, e me falam assim ô: "...Para infantilizar formigas é só pingar um pouquinho de água no coração delas…. "
Rs.
É… é assim ô ( vou explicar): é como quando estamos no desespero de um choro e vem uma criança e diz frases engraçadinhas e no meio das lágrimas abrimos um sorrisinho de canto poderoso o suficiente para limpar as lágrimas e o mundo AMPLO, como os campos de Mato Grosso, invade o coração…. a mente….. as idéias….
É assim ó:
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